Prosseguindo os nossos estudos sobre as regiões do Brasil, estudaremos agora uma das mais bonitas e tradicionais regiões brasileiras, o Norte. Façam bom proveito e em breve prosseguiremos com o nosso último estudo: a região Sul. Não deixem de conferir!
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História e dados Geográficos
Até a chegada dos portugueses a região era habitada por várias tribos e aldeias de ameríndios.
Os espanhóis foram os primeiros a expedicionarem a região. Depois os portugueses construíram os fortes para defenderem o território e suas riquezas.
Mais tarde chegaram os bandeirantes, missionários, e bem posteriormente pessoas de outras regiões atrás de oportunidades.
Mas foram os governos militares que abriram estradas e criaram a Zona Franca de Manaus.
A região norte é a mais extensa das regiões brasileiras. É também a região menos povoadas (com menos habitantes por quilômetro quadrado).
Culinária
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Pato no Tucupi |
Pato no Tucupi - O pato no tucupi é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É elaborado com tucupi, líquido amarelo retirado da mandioca brava, e com jambu, verdura típica do estado, que possui propriedade anestésica, causando uma leve sensação de tremor na língua.
O tucupi e o jambu também estão presentes em outra iguaria paraense à base de camarão chamada tacacá, muito preparado no período do Círio de Nazaré.
Pode ser acompanhado por arroz branco ou farinha-d'água de mandioca.
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Pirarucu de Casaca |
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Tacacá |
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Quem vai a Belém do Pará,
desde a hora em que sai
não se esquece de lá,
quer voltar.
Lembrar o açaí, o tacacá,
que saudade que dá
de Belém do Pará!
Orar na Matriz de Belém,
conversar com alguém,
como é bom recordar!
Jesus em Belém foi nascer,
eu quisera morrer
em Belém do Pará.
Tá aqui tucupi,
tem mais o jambu,
também camarão.
Quem quer tacacá?
Berimbau
Os aguapés dos aguaçais
Bolem, bolem, bolem.
Chama o saci:
- Si si si si!
- Ui ui ui ui ui!
Uiva a iara
Nos aguaçais dos igapós
Dos Japurás e dos Purus.
A mameluca é uma maluca.
Saiu sozinha da maloca -
O boto bate - bite bite...
Quem ofendeu a mameluca?
Foi o boto!
O Cussaruim bota quebrantos.
Nos aguaçais os aguapés
- Cruz, canhoto!
- Bolem... Peraus dos Japurás
De assombramentos e de espantos!...
Teatro Amazonas
Herança do ciclo da borracha no final do século XIX
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O teatro, inaugurado em 1896, é uma das expressões mais significativas da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha. |
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Vista do interior do teatro |
Antônio Tavernard
Poeta paraense
1908-1936
SONHOS DE SOL
“Nesta manhã tão clara é sacrilégio
o se pensar na morte. No entanto
é no que penso úmidos de pranto
os meus olhos cansados.
Sortilégio de luz pela cidade...
As casas todas,
humildes e branquinhas
lembram gráceis e tímidas mocinhas
no dia de suas bodas.
Morrer assim numa manhã tão linda,
risonha, rosicler,
não é morrer... é adormecer ainda
na doce tepidez de um seio de mulher!
Não é morrer... é só fechar os olhos
Para melhor sentir o cheiro do jasmim
Escondido da renda nos refolhos!...
Ah! Quem me dera que eu morresse assim.
Poeta paraense
1908-1936
SONHOS DE SOL
“Nesta manhã tão clara é sacrilégio
o se pensar na morte. No entanto
é no que penso úmidos de pranto
os meus olhos cansados.
Sortilégio de luz pela cidade...
As casas todas,
humildes e branquinhas
lembram gráceis e tímidas mocinhas
no dia de suas bodas.
Morrer assim numa manhã tão linda,
risonha, rosicler,
não é morrer... é adormecer ainda
na doce tepidez de um seio de mulher!
Não é morrer... é só fechar os olhos
Para melhor sentir o cheiro do jasmim
Escondido da renda nos refolhos!...
Ah! Quem me dera que eu morresse assim.
Inglês de Souza
1853 - 1918
Escritor paraense, foi tido por alguns críticos como introdutor do naturalismo na literatura brasileira e um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Seu estilo o aproximava do escritor francês Emile Zola.
Aparece para a Literatura com o livro O Missionário
Em Contos Amazônicos, que muitos consideram o documento fiel da língua do Pará, o autor apresenta os modismos, o vocabulário e os costumes típicos da região amazônica
1853 - 1918
Escritor paraense, foi tido por alguns críticos como introdutor do naturalismo na literatura brasileira e um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Seu estilo o aproximava do escritor francês Emile Zola.
Aparece para a Literatura com o livro O Missionário
Em Contos Amazônicos, que muitos consideram o documento fiel da língua do Pará, o autor apresenta os modismos, o vocabulário e os costumes típicos da região amazônica
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Círio de Nazaré Festa do Divino |
Movimento cultural amazonense, surgido entre o final do século XIX e princípio do século XX, trazido por imigrantes do Nordeste brasileiro, tendo se desenvolvido paralelamente ao bumba-meu-boi do Estado do Maranhão. Acontecimento desde o início do século XX nos Festivais Folclóricos do Estado do Amazonas e durante as Festas Juninas, o movimento quase desapareceu.
O ressurgimento como movimento cultural de massas tevecomo fatores facilitadores:
- a grande criatividade dos artistas caboclos de Parintins,
- a atenção do mundo para a Amazônia e a floresta tropical
- a atuação do governador Amazonino Mendes, ao construir o bumbódromo e atrair patrocinadores como a Coca-Cola e cervejarias Brahma e Antártica para o evento, durante a década de 90.
(Em 1996, a Coca-Cola também ficou azul em seus cartazes publicitários, durante o Festival de Parintins).
Site: parintins.com
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Em decisão inédita e única em mais de 100 anos da empresa, a Coca-Cola lançou a sua lata na cor azul! |
Boi Garantido
A côr do meu batuque
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante, Vermelhão...
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Meu coração!...
Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
He Ho! He Ho!
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...
Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...
Boi Caprichoso
Chega meu vaqueiro
Traz a minha estrela azul
Toca o teu berrante e anuncia
A grande festa do meu boi-bumbá
Ê booooi...
Apressa o passo
Solta a rédia meu vaqueiro
Dá meia volta e rodopia pra evoluir
Vem na cadência da toada
Estremecendo o chão
Meu touro balanceia ao som do tambor
Devolve a minha infância
A lua faz sorrir
E o coração enciumado
Se entrega à grande estrela do meu boi
Vem sinhazinha, pai Francisco e Catirina
Todas as tribos na arena vêm dançando
Porta-estandarte chega tremulando o pavilhão
Cunhã-poranga dança e canta pro amor fluir
O som da Marujada forte ressoou
Explode a galera e vibra com emoção
Vem aboiando a galope a vaqueirada
Colorindo toda a noite
Apaixonando o torcedor
A ilha do folclore nesse sonho
Eternizando o nosso amor
Chega pra cá meu boi
balança meu bumbá
E a vaqueirada galopando sem parar
Gira, balança e vem
Me faz sorrir, sonhar
E a vaqueirada galopando sem paraaaaaar...
Carimbó - O carimbó é um estilo musical de origem negra, é uma manifestação cultural marcante no estado do Pará. A dança é realizada em pares, onde são formadas duas fileiras de homens e mulheres, quando a música é iniciada os homens se direcionam às mulheres batendo palmas; formados os pares, eles ficam girando em torno de si mesmos.
Brega - Diferentemente da grande maioria do país, que utiliza a palavra “Brega” como adjetivo pejorativo, nos estados da região Norte, o vocábulo adquire um sentido positivo; trata-se de um substantivo. Isto é, o termo é usado para designar um tipo de música que há décadas é produzida nas regiões Norte e Nordeste e cujo consumo é componente estrutural dos grupos sociais locais e da identidade regional.
O sucesso em shows públicos proporcionaram o aparecimento no cenário nacional de grupos de música cuja performance tem semelhanças com os grupos baianos de axé music. As bandas mais conhecidas na região são Cheiro Verde, Tanakara, Calypso, Los Bregas e Fruto Sensual.
O surgimento das bandas tem produzido sucessivas mudanças na música brega, através da incorporação de ritmos musicais como o calypso caribenho, a lambada, o axé music e o carimbó.
Lendas
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As músicas são perfeitas da Amazônia,,principalmente a do Vermelho...
ResponderExcluirUm ótima cultura que eles tem...
....O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Meu coração!...
Meu coração é vermelho....
Esse trecho está se referindo aos comunista,,vc poderia me explicar melhor?
Eu acredito que a aproximação da festa do boi-bumbá (popular e igualitária) e no caso do garantido o uso da cor vermelha aproxima das características dos comunista, por isso essa dita aliança... Olha que legal, se fôssemos analisar temo o PT (Vermelho como o Garantido) e o PSDB (Azul como o caprichoso)... Só o bumbódromo que é bem maior... risos
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